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Entendendo a conciliação de saldos – 3ª parte (final)

No primeiro exemplo de conciliação de saldos que fizemos aqui no blog, com um pequeno esforço de memória tudo funcionou bem. No segundo exemplo nem tudo funcionou bem, mas você aprendeu como “rolar com o soco”, amenizar o golpe e se sair bem na história.

No entanto, há alguns detalhes em comum nesses dois primeiros artigos: em ambos foram feitas conciliações simples onde só saiu dinheiro (não houve entradas) e também houve oscilação de saldos em apenas uma conta bancária. Mas… e quando entra dinheiro? E quando duas ou mais contas tiverem oscilação, como fazer?

Nesse texto vou abordar três exemplos para cobrir essas situações e mostrar alguns erros comuns que podem impedi-lo de fechar os valores.

1º exemplo: Conciliação de saldos quando apenas entra dinheiro

Nem só de gastos vive nossa conta bancária e nossa carteira. Vez ou outra também entra dinheiro! Nesse caso, ao fazer o antes e o depois dos saldos da suas contas, você percebe algo mais ou menos assim:

Na nossa tabelinha acima, você pôde perceber que o saldo da sua conta no Banco Itaú no dia 04/nov era de 115 reais e 32 centavos e, no dia 09/nov (5 dias depois), era de 3.515 reais e 32 centavos, ou seja, você tem R$3.400 a mais nessa conta. De onde veio esse dinheiro?

Se tem dinheiro a mais na sua conta e seu orçamento estiver bem planejado, fica bem fácil fechar a conciliação.

E no orçamento, é só “ticar” o item recebido…

Para pessoas que tem um salário mensal fixo, essa tarefa é bem tranquila. Para pessoas que tem renda variável ou recebem vários valores “picados” ao longo do mês, é necessário uma atenção extra no acompanhamento e uma boa organização do orçamento mensal para isso funcionar bem.

2º exemplo: Conciliação de saldos quando entra e sai dinheiro

No caso acima, a única movimentação que ocorreu no intervalo de cinco dias foi a entrada do salário, mas, e se além de ter entrado o salário, você também tivesse pago alguns de seus gastos comprometidos e só depois fosse atualizar o controle financeiro?

Nesse caso, ao atualizar a situação financeira, você veria algo mais ou menos assim:

Uma vez que o valor da oscilação na conta Itaú não é exatamente o seu salário (um valor conhecido), já não fica tão óbvio deduzir de imediato o que aconteceu com seus gastos nesse meio tempo. Então tenha sempre essa imagem na sua mente:

A ideia é destrinchar os recebimentos e gastos até conseguir reconstruir a memória de cálculo completa para deixar registrado como o dinheiro fluiu para a suas mãos e de suas mãos para a mão de outros.

Quando estiver com a memória de cálculo completa, é só “ticar” no orçamento do mês todos os gastos pagos e rendas recebidas.

3º exemplo: Conciliação de saldos quando há transferências entre contas

Algumas vezes, as movimentações nas suas contas não são referentes a um gasto ou a um recebimento, e sim, a uma simples transferência de recursos de um lugar para outro. Acompanhe o exemplo:

O que aconteceu na verdade foi:

Transferências acontecem o tempo todo. Transferências entre suas próprias contas bancárias, transferência da conta poupança para a conta corrente (e vice-versa), saques, depósitos, etc.

O importante é que você consiga rastrear e registrar a sequência certa do dinheiro. Por exemplo, se você recebeu seu salário em conta corrente, sacou R$200,00 e gastou todo o dinheiro, faça as movimentações da maneira correta, ou seja:

Um erro comum é que ao invés de fazer conforme o exemplo acima, algumas pessoas já consideram o “saque” como o gasto em si, como na verdade a história do fluxo do dinheiro é um pouco diferente. Fazer da maneira correta vai facilitar o fechamento da conciliação.

Concluindo…

Se o acompanhamento das movimentações está simples é sinal que você entendeu bem como fazer conciliações. Se está complicado de mais, há alguma coisa errada e a melhor saída para identificar onde está o problema é reduzir o intervalo de tempo entre as conciliações, até conseguir compreender melhor a ideia da coisa toda.

No próximo post vamos falar sobre qual é a frequência ideal para acompanhar as finanças pessoais, que responderá as perguntas: De quanto em quanto tempo deve-se atualizar saldos? Qual o dia ideal para planejar orçamentos dos próximos meses? Quando revisar o orçamento atual?

Bom, é isso.

Um abraço e até a próxima.