Independência financeira: última saída.

Por que você deve se importar com as 3 fases do investimento?

4 minutos

por Renato Martins

escrito em 3 abril 2012

O 3º artigo da série Como fazer um orçamento doméstico matador fala sobre como encher o bloquinho 2 do seu orçamento, ou seja, como fazer o dinheiro ser seu funcionário e não o contrário.

Orçamento doméstico focado em investimentos

Uma das falhas mais graves que você pode cometer na sua vida financeira é acreditar que seu salário + meia dúzia de benefícios formam sua única fonte de renda. Acreditar nisso afeta sinistramente seu horizonte de escolhas profissionais, sua aposentadoria e ainda impacta negativamente toda sua lista de desejos atual.

Para resolver essa falha grave você precisa de um modelo de orçamento doméstico diferenciado! Você precisa de um orçamento doméstico matador de falhas! 😉

Então vamos logo à solução!

Depois do artigo anterior (e também porque não é novidade nenhuma), você já sabe como fazer dinheiro para bloquinho 1:

Eu trabalhando para fazer dinheiro

A fórmula acima é simples e é passada de pai para filho há séculos: você aprende uma profissão e algumas habilidades, daí vende sua hora de trabalho e recebe dinheiro no final do mês.

Mas agora vamos ao bloquinho 2:

Dinheiro trabalhando para fazer dinheiro

A fórmula acima é muito parecida: você estuda e aprende habilidades em alguns investimentos em áreas que você gosta, daí você investe seu dinheiro e então recebe retorno financeiro no final de um período.

Orçamento doméstico focado em retorno de investimentos

Só que esse período costuma não ser medido em 1 mês de trabalho, e sim, em alguns anos de dedicação e foco. Então, para encher o segundo bloquinho do seu orçamento é necessário conhecer e colocar em prática – e o quanto antes – as 3 fases para montar uma carteira de investimentos que lhe gere renda

Independência financeira: última saída.

Fase inicial: Acumulação

Tudo começa nessa fase onde você monta sua carteira de investimento comprando, por exemplo, ações ou títulos do governo em quantidades e intervalos programados. Além disso, também reinveste qualquer lucro, dividendo ou juros recebidos. E começa a formação de um patrimônio, do seu patrimônio!

Fase 1 do investimento: Acumulação

Observe que durante toda essa fase o bloco 2 vai ficar vazio. É de propósito isso! Toda vez que você abrir seu orçamento, ano após ano, vai ver que está faltando alguma coisa alí e vai fazer você lembrar do objetivo principal do seus investimentos saindo do bloquinho 8: encher o bloquinho 2 e nada mais!

Fase intermediária: Estabilidade

Nessa fase você não precisa mais colocar dinheiro do seu bolso para a carteira de investimentos continuar crescendo a uma velocidade boa. E o seu patrimônio está quase do tamanho ideal!

Fase 2 do investimento: Estabilidade

O bloquinho 2 do seu orçamento continua vazio e você continua reaplicando integralmente os lucros, dividendos e juros recebidos.

Fase final: Colhendo os frutos

Pronto, você chegou ao objetivo final onde seu patrimônio consegue sustentar seu nível de consumo!!! Sua carteira de investimentos agora é uma carteira de renda e está grande o suficiente para que os rendimentos mensais dela possam sustentar as despesas mensais suas e de sua família.

Fase 3 do investimento: Colhendo os frutos

Esse é o objetivo final de qualquer investimento bem sucedido: gerar renda em algum momento futuro. Se um investimento que você fez não gerou renda e nem se propõe a gerar, fique alerta, porque provavelmente você comprou um passivo pensando que era um ativo (mais sobre isso nesse artigo).

Tenha em mente sempre que a renda que vem do dinheiro trabalhando para você no bloquinho 2 do orçamento doméstico tem uma importância fundamental na sustentabilidade da sua qualidade de vida hoje e no longo prazo e é a chave para construir um orçamento pessoal orientado para o progresso financeiro.

É isso. Deixe suas dúvidas nos comentários.

Ah é! Nem só de coisas planejadas vive um ser humano, não é mesmo? Seguindo a série, o próximo artigo fala sobre aquela, sempre bem-vinda, renda inesperada com o tema: “O que é uma renda atípica e as 3 melhores formas de usá-la”.

Renda atípica

Esse próximo será o último artigo da série que fala sobre a renda pessoal. Depois desse começamos a falar da coluna dos gastos. Vamos matar todas as falhas que estiverem por lá! 🙂

Autor

Renato Martins

Renato Martins é cofundador do goldmap e um eterno estudante do tema "finanças pessoais". Ele é formado em Sistemas de Informação pela PUC Minas e em Administração pela ETFG. Busca escrever no blog do goldmap principalmente sobre como gerenciar as finanças pessoais de forma saudável e eficiente.

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